13ª FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO DE FOZ DO IGUAÇU ATRAIU 100 MIL VISITANTES EM 11 DIAS DE EVENTO

O Iguassu del Parana

Mais de 100 mil pessoas participaram da 13ª edição da Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu, que começou no feriado de 7 de setembro e encerrou neste domingo (17). Instalada no Complexo Bordin, em um espaço de mais de 5 mil metros quadrados, o evento ofereceu à comunidade 25 mil títulos de livros e uma programação com mais de 250 atrações artísticas, entre shows, cozinha literária, lançamentos de livros, debates, recreação, contações de história, envolvendo públicos de todas as faixas etárias e segmentos.

Os organizadores atribuem o sucesso desta edição à conjunção de esforços envolvendo várias instituições da cidade. Realizada pelo Governo Municipal, através da Fundação Cultural e da Secretaria Municipal da Educação, a organização para 13ª edição começou ainda em janeiro e teve importantes personagens envolvidos na sua construção: Itaipu Binacional, PTI, Itamed, núcleo de livreiros da Acifi, universidades e faculdades, editoras, entre outros.

O compromisso com a reconstrução do município que mobilizou vários setores da sociedade rendeu à 13ª FILFI o título de maior Feira do Livro do Paraná.

Balanço geral

No primeiro balanço geral da feira os livreiros contabilizaram cerca de 20 mil, dos 70 mil, exemplares vendidos. A expositora Fátima Debald, representante da Talenttu’s, conta que das 5 mil obras trazidas à feira, 4 mil foram vendidas até o último dia da feira. “Vendemos quase tudo. Este ano tivemos um movimento muito bom. Eu acho que estrutura ajudou pois as pessoas estavam com mais espaço e confortáveis para circular entre as lojas”, sugere. Debald acredita que a programação diversificada também tenha ajudado a atrair os visitantes.

O evento ofereceu ao público mais de 250 atividades totalmente gratuitas, uma média de 17 programações distribuídas ao longo dos 11 dias de evento. As modalidades contemplavam visitantes das mais diversas idades. A criançada se divertiu bastante com as cerca de 80 oficinas contações de histórias e com as 21 equipes de recreação. A história mais contada foi “Menina Bonita do Laço de Fita”, da autora homenageada, Ana Maria Machado. Mais de oito mil crianças participaram de oficinas que despertaram a imaginação e proporcionaram aos pequenos, experiências inesquecíveis.

A própria Ana Maria Machado esteve presente e abriu a sessão de autógrafos no 1º dia de feira, depois dela foram mais 26 autores que receberam o carinho do público.

Ao todo foram 16 palestras e 6 sessões de bate-papo, entre elas a Subcultura Delinquente na Tríplice Fronteira, com Marcos Araguari, que, por conta da superlotação, realizou duas sessões da palestra ao público.

A troca de argumentação com debate sadio e construtivo entre convidados especializados, a exemplo da mesa redonda entre os diretores da Unioeste e UTFPR, respectivamente, Fernando José Martins e Flávio Seix Pauli, com o reitor da UNILA, Gustavo Oliveira Vieira, abordando a “Educação em tempos de Crise”, levantou temas polêmicos como os cortes de recursos financeiros às universidades publicas e a aplicação da Meta 4 pelo Estado do Paraná. Além desta, outras 14 mesas foram realizadas.

Cozinha Literária

Uma das novidades desta edição foi a criação do espaço “Cozinha Literária”. Local onde a literatura e a gastronomia se uniram para oferecer ao público dicas de receitas e degustação de pratos feitos por chefs de todo o Brasil. Ao todo foram 19 chefs, entre eles o Chef Jaqueson Dichoff, considerado o segundo maior chef pizzaiolo do mundo, que dividiu a bancada com a principal representante da gastronomia indígena, Kalymaracaya Mendes Nogueira. A Cozinha Literária contou com o apoio de Chefes locais, com a equipe do ITFPr e da UDC.

Prêmio Cataratas de Contos e Poesias

A noite do sábado (16) foi emocionante com a entrega do Prêmio Cataratas de Contos e Poesias. De acordo com Juca Rodrigues, diretor-presidente da Fundação Cultural o prêmio entregue aos finalistas em cerimônia especial na 13ª FILFI vem de encontro com a política de incentivo a produção literária e de leitura que a nova administração municipal tem buscado implantar. “O Prêmio consegue atravessar fronteiras e trazer os escritores para perto. É uma imensa honra”, declara.

Foram mais de 1.300 trabalhos inscritos, entre contos e poesias, o que representa um número recorde. Esta foi a primeira edição que os participantes tiveram impressos os trabalho. Além de autores brasileiros, se inscreveram escritores de Portugal , Espanha, Japão, Itália, Japão, Argentina, Cuba, Inglaterra, Alemanha, Holanda , Uruguai e Colômbia.

Para o vice-prefeito, Nilton Bobato, a grande participação representou a consolidação do incentivo ofertado pela Fundação Cultural. “Foz tem espírito autofágico, de que ações não se consolidam, e isso é quebrado com a Feira do Livro que está em sua 13a edição e com a 27ª edição o Prêmio Cataratas de Contos e Poesias”.

Escritores locais

A Feira dedicou um espaço especial para os escritores locais. O estande da A Alefi – Academia de Letras de Foz do Iguaçu expos obras de vários autores de Foz do Iguaçu. Além de trazer ao público a riquíssima produção produzida na cidade, a Academia realizou oficinas e atividades que envolveram a comunidade no universo literário, com destaque para ações voltadas à crianças e adolescentes.

Um dos acontecimentos mais marcantes e emocionantes da feira foi a apresentação da escritora Jeane Hanauer, que em uma palestra dinâmica, trouxe a poesia como tema para a realidade dos estudantes e conquistou a atenção dos adolescentes. Jeane falou sobre a presença e a influência do gênero literário nas salas de aula, expressões artísticas e no cotidiano. “A poesia está em todos os lugares, em todas as artes: na fotografia, no teatro, no cinema, na dança, em todas as artes”.

Teatro, cinema e circo

Literatura e arte andam juntas, por isso o público presente foi contemplado com duas apresentações circenses, dois documentários e 3 peças teatrais nestes 11 dias de evento. Uma das peças apresentadas foi o monólogo “Me dá a tua mão”, do ator paulistano, Clovys Torres, que emocionou a plateia com a peça autoral que aborda a construção do amor de um casal, até o fim da vida, quando finalmente tomado por uma derradeira doença.

Shows

Foi no palco da Arena Literária que 11 atrações encerraram as atividades de cada dia da feira. Artistas consagrados como Zeca Baleiro, Coletivo Ponto BR e Fernando Anitelli com show/sarau d’O Teatro Mágico espalharam música, esbanjaram arte e muita poesia à plateia presente. Cantores e músicos locais também abrilhantaram encantaram o público com a força da cultura regional como: Tiago Rossato, Fernado Alexandre da Silva com o “Cordas Vivas”, o Coral TocoCanto da Unila, o Clube da Música do IFPr, o Elenco Artístico do Parque do Conhecimento do Governo da Província de Missiones e o blues do Rula da Argentina. O show de encerramento deu-se com a banda pernambucana Mombojó.

Estrutura e segurança

Os 5 mil metros quadrados de estrutura física foram distribuídos entre espaço para expositores livreiros e gastronômicos. Os Espaços Literários I e II receberam confortavelmente o público com cadeiras e ambiente climatizado. A Arena Literária estava disposta com arquibancadas seguras e equipe de seguranças, brigadistas e equipe de paramédicos atentos a proteção da população.

Além destes espaços, a Itaipu Binacional ofereceu uma visita à mega estrutura da usina por meio de realidade virtual. Os participantes puderam conhecer percorrer virtualmente locais de acesso restrito, como por exemplo, passear por entre as unidades geradoras de energia.

Ao longo do histórico das edições da FILFI, os locais foram se modificando para receber melhor a demanda do público. As últimas edições foram realizadas no Colégio Estadual Bartolomeu Mitre, que passa por reformas estruturais, motivo que impossibilitou a realização da 13ª FILFI no local. Como solução, a equipe da Fundação Cultural contou o apoio da Secretaria da Educação e alocou toda a estrutura da feira no Complexo Bordin, espaço que abriga diversas secretarias municipais.

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